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O espetáculo

Com letras instigantes, melodias criativas, arranjos elaborados, batidas pulsantes e arrebatadores solos de guitarra, a Ave Sangria se consagrou como uma das melhores bandas de rock psicodélico do Brasil em todos os tempos.

Desde quando surgiu, ainda nos anos 1970, a banda, que faz a fusão do rock pesado internacional com os ritmos nordestinos, foi chamada pela imprensa de “os Rolling Stones do Nordeste”, pela força de suas apresentações.

Nas palavras do vocalista Marco Polo: “Nosso show ondula por uma dinâmica intensa, iniciando com músicas de impacto, passando para as mais líricas, evoluindo para as mais dançantes e partindo para a pauleira final, onde a integração entre músicos e público se torna completa”.

Histórico da banda

Inicialmente integrada por Marco Polo (vocal), Ivinho (guitarra solo), Paulo Rafael (guitarra base), Almir de Oliveira (baixo), Agrício “Juliano” Noya (percussão) e Israel Semente (bateria), a banda começou com o nome Tamarineira Village, uma alusão ao Greenwich Village de Nova York, à Vila dos Comerciários, onde a maioria dos músicos morava, e ao bairro da Tamarineira onde ficava o Hospital da Tamarineira, versão pernambucana do Hospital Pinel, do Rio.

Seu nome foi mudado por sugestão de uma cigana que os músicos conheceram numa estrada no interior da Paraíba, que os chamou de “um bando de aves sangrias”. Logo em seguida foi contratada pela gravadora carioca Continental, para lançar um disco com o nome do grupo.

Cerca de um mês e meio depois do lançamento, porém, o disco foi proibido pela Censura Federal da ditadura militar, sendo recolhido das lojas e das rádios, sob a alegação de que a música “Seu Waldir” ia “contra a moral e os bons costumes da sociedade pernambucana”.

Ainda assim a banda continuou no imaginário popular como criadora de um dos clássicos do movimento underground recifense, ao lado de “Paebiru”, de Zé Ramalho e Lula Côrtes,  “No sub-reino dos metazoários”, de Marconi Notaro, “Flaviola e o Bando do Sol”, de Flaviola (nome artístico de Flávio Lira) e “Satwa”, de Laílson e Lula Côrtes”.

Após passar um longo período afastada dos palcos, a banda começou a ser redescoberta pela juventude em 2008, graças à internet, e voltou com tudo em 2014, com quatro de seus seis integrantes originais num show apoteótico (cujos ingressos se esgotaram no mesmo dia em que foram oferecidos ao público) no Teatro de Santa Isabel onde, 40 anos antes, havia encerrado provisoriamente sua trajetória com o espetáculo Perfumes & Baratchos. No mesmo momento relançou seu disco original de estúdio, desta vez não só em vinil como também em CD, e outro que registrava a apresentação do último show em 1974.

Daí por diante a carreira foi retomada com participações aclamadas de plateias formada por jovens na casa dos 20 anos, cantando junto todas as letras das músicas do show, em apresentações consagradoras no Sesc Belenzinho e na Virada Cultural, em São Paulo, no Centro Cultural Dragão do Mar, no Ceará, ou no Festival Psicodália, em Santa Catarina.

O retorno

Quis o destino que a era digital trouxesse a Ave Sangria de volta à ativa. Redescobertos por uma novíssima geração, os integrantes originais MARCO POLO (voz, composições), ALMIR DE OLIVEIRA (voz, guitarra base, composições) e PAULO RAFAEL (guitarra solo e viola) se reuniram para traçar novos planos de voo. Estimulado por uma série de shows realizados pela banda a partir de 2014, O trio revirou o baú do tempo e de lá saíram onze incríveis canções inéditas, compostas no período de 1972-1974. Dia a Dia é apenas a primeira das muitas surpresas que virão pela frente

Boa parte do novo repertório será apresentada nos palcos antes do lançamento do álbum, ao lado de hits como “O Pirata”, “Dois Navegantes”, “Hey Man”, cultuados pela moçada de ouvidos atemporais e sensibilidade antenada. As “novas” músicas mantém a proposta inicial da banda: unir o rock com ritmos nordestinos, mesclando linguagem psicodélica com sonoridades contemporânea: “O repertório do novo álbum persegue as características recorrentes do grupo: do divertimento escrachado à morbidez de temas sombrios, da crítica social implacável ao mais delirante psicodelismo, da agressividade dos rocks pesados ao lirismo acústico das baladas” – diz Marco Polo.

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